quarta-feira, 27 de abril de 2011

MUST HAVE of the day


Sandálias Prada na Prada, na Avenida da Liberdade em Lisboa.
Pele castanha com pespontos brancos, com um pequeno compensado que fica disfarçado com as tirinhas. Adoro, foram desenhadas para os meus pés!

terça-feira, 26 de abril de 2011

LEITE CREME QUEIMADO

Uma das sobremesas que faço com mais frequência é o Leite creme queimado. Tenho mesmo a mania que é "o melhor leite creme do mundo"!
Esta receita foi tirada do Livro de Receitas Escolhidas da Maria de Lurdes Modesto, embora com uma ligeira alteração que é ter um pouco menos de açúcar.

Leite Creme queimado:

6 gemas
1/2 l de leite
150 g de açúcar
1 colh sopa farinha
casca de limão inteira, cortada fininha sem o branco
açúcar para polvilhar no fim

Num tacho tipo fervedor põe-se o leite e mistura-se o açúcar.
Numa tijela colocam-se as 6 gemas, adiciona-se aos poucos um pouco desse leite, e coa-se por um passador para dentro do recipiente principal.
Noutra tijela desfaz-se bem, sem fazer grumos, a colher de sopa de farinha com um pouco do mesmo leite e deita-se novamente para o recipiente principal. Junta-se a casca de limão.
Vai a lume brando, mexendo sempre, rapando no fundo para não pegar, até começar a engrossar. Ferve até engrossar a gosto, retira-se do lume e põe-se de imediato num prato fundo e largo para arrefecer.
Quando já está frio polvilha-se com açúcar e queima-se com o ferro. Normalmente em duas vezes.
Põe-se no frigorífico até servir.

É simples e rápido de fazer. Espero que gostem!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

MESA, PEDRAS E QUADRO


Aqui estão três abordagens ao tema pedras: As próprias, uma mesa com texturas e cores de pedras, e um quadro pintado por mim, e que é uma interpretação dum muro em pedra.
Esta cena passa-se em Porto-Covo, no conforto do Loft, num canto que convida ao repouso e à leitura.
Fazendo um zoom out e uma viagem atrás no tempo:
A mesa tem os pés em ferro pintados, em preto, e este tampo em grés cerâmico, formado por vários quadrados de cores e texturas diferentes.
As pedras foram apanhadas na baía, sem um fim específico, mas acabaram pousadas em cima da mesa.
Quase todas são rebolos, como se diz no alentejo, ou calhaus rolados.
O quadro foi executado há já muito tempo, num dos anos em que fiz pintura, numa fase em que só pintava pedras, porque sou fascinada por elas. É em tinta acrílica sobre tela, à base de ocres, as minhas cores favoritas.
O quadro não conhecia nem a mesa nem as pedras, não sei mesmo quem chegou em primeiro lugar, mas parece-me que o resultado final é bom, que foram feitos para estar juntos.

Captei este detalhe porque gostei, porque achei bonito, porque achei um acto estético. Será?

terça-feira, 19 de abril de 2011

ENSOPADO DE BORREGO

Hoje trago a receita de Ensopado de borrego à alentejana, como a minha mãe me ensinou a fazer.


Sempre foi ao longo dos anos o prato que comíamos no almoço de Páscoa, normalmente passado em Porto-Covo,  com os meus tios e primas. A minha tia também fazia o ensopado de borrego dela, e estabelecia-se uma espécie de concurso entre as duas donas de casa! Era muito engraçado. E o meu pai e o meu tio faziam sempre o mesmo tipo de comentários, ano após ano.
Entretanto por um lado a família foi crescendo, por outro houve quem partisse, e a tradição com os tios foi-se perdendo. Eu continuei a fazer sempre o ensopado para o almoço pascal, continuando com a tradição, tradição essa que espero um dia passar também às minhas filhas.

Vem-me também à lembrança o Pudim americano,  que a minha mãe fazia sempre para sobremesa.
Guardo nas minhas memórias aquele creme feito com caramelo, e por cima as natas batidas com açúcar e amêndoa às lascas a enfeitar. Uma delícia!

Mas voltando ao Ensopado de borrego, aqui vai a receita, com votos de uma feliz Páscoa!

Ingredientes:
Banha de porco
2 cebolas grandes
1 ramo de salsa grande
colorau
2 dl vinho branco
batatas
sal, pimenta
Borrego cortado aos pedaços, (costeletas, perna, peito, etc.)

Num tacho alto (ou na panela de pressão) põe-se a banha, picam-se as cebolas, pica-se a salsa, deita-se o borrego, o colorau (bastante), o sal e a pimenta (bastante).
Deixa-se suar em lume médio, mexendo, durante pelo menos 30 minutos, sem deixar secar demasiado.
Junta-se o vinho branco, um pouco de água e deixa-se cozer.
Se for na panela de pressão, cerca 30m, se for num tacho normal o tempo necessário até a carne ficar macia.
Cortam-se as batatas aos cubos relativamente pequenos.
Passa-se o borrego para um tacho mais largo, acrescenta-se sal e água se necessário e juntam-se as batatas para cozerem.
Deve ficar com bastante caldo, mas bem apaladado.

Para acompanhar:
Salada de alface com um pouco de cebola às rodelas, temperada com sal, azeite e vinagre
Ervilhas cozidas e depois salteadas em manteiga e com salsa picada por cima
Pão alentejano para fazer sopas no prato (opcional mas muito bom)

sábado, 16 de abril de 2011

CREAMY FISH SOUP


CREME DO MAR

1 fio de azeite
2 cebolas grandes
3 dentes de alho
1 folha de louro
Salsa
3 tomates maduros
1 robalo com 300g
10 camarões pequenos
gengibre fresco q.b.
sal q.b.
1 pitada de pimentão doce

Corta-se a cebola grosseiramente e vai a alourar num tacho com o azeite, o louro e os dentes de alho inteiros.
Depois de alourar um pouco, junta-se o tomate sem pele e sem graínhas e a salsa inteira.
Aloura até começar a amaciar o tomate, e junta-se um pouco de água, coze em lume brando, junta-se o gengibre e uma pitada de pimentão doce.
Noutro tacho coze-se o peixe e os camarões, em pouca água com um pouco de sal.
Retira-se o peixe, limpa-se de peles e espinhas e reserva-se à parte, desfazendo as lascas.
Descascam-se os camarões, e juntam-se ao peixe arranjado.
Não deitar fora esta água de cozedura, pois as espinhas e as cabeças dos camarões cozem mais um pouco até o líquido reduzir um pouco.
Coa-se este líquido do peixe e camarões para dentro do refogado de cebola e tomate, e acrescenta-se água se necessário, pois pretende-se obter uma sopa cremosa.
Retira-se o louro, e a salsa e desfaz-se com a varinha mágica.Verifica-se se é necessário adicionar mais sal.
Junta-se o peixe desfeito e os camarões cortados aos pedaços e serve-se com um pouco de salsa picada ou cebolinho.
Também se pode juntar um fio de natas, ao servir.

Receita meio inventada, testada e aprovada! Enjoy!

GOSTO DE CONVERSAR

Conversar não é o mesmo que falar.
Quando se conversa, os outros ouvem, nós ouvimos os outros. Felizmente há quem goste de ouvir e de ser ouvido, há quem se interesse e goste que os outros também se interessem, há quem memorize os problemas, as doenças, os filhos, os acontecimentos, o que tinham vestido, há quem consiga continuar a conversa onde ela acabou da última vez.

Como hoje que é o Dia Mundial da Voz, achei este tema bastante a propósito.

Mas falar é uma coisa diferente porque quando as pessoas apenas falam, por vezes nem querem mesmo saber o que o outro lado pensa, não querem mesmo ouvir nada, não dão mesmo espaço a que os outros digam alguma coisa.

Ora eu faço parte do grupo de pessoas que gostam de conversar e tenho a sorte de ter com quem o posso fazer. Adoro passar horas a conversar, saltando de tema para tema, sem saber para onde a conversa nos leva. Conversar é partilhar, é dar e receber, é mesmo uma das coisas boas da vida.

Não quer dizer que eu às vezes também não fale, quando meto conversa com alguém que não conheço num elevador, para dizer uma coisa que me veio a cabeça, e quando essa pessoa pensa: mas o que é que eu tenho a ver com isso? Ou quando penso que estou a conversar mas afinal estou a falar sòzinha...

Gosto de conversar com as minhas filhas, quando elas querem conversar comigo, e à beira-mar com as minhas amigas da praia, gosto das conversas curtas de balneário, mas que dão para partilhar muita coisa, e gosto de muito mais conversas com muito mais pessoas.
Às vezes também tenho que fazer alguma conversa de circunstância, mas não é essa a que mais me agrada, mas também a faço sem problema nenhum.

Se com a televisão se começou a perder o hábito de conversar em casa, os computadores ainda vieram piorar porque agora também conversamos com o computador. Como eu agora!
Ainda falta referir que também gosto de conversar comigo, quando o "migo" está bem disposto, claro!

Enfim, vou parar de divagar para desejar feliz Dia Mundial da Fala. Falem, conversem, comuniquem!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Delicious mushroom soup


Sempre gostei muito de livros de receitas, de conhecer vários tipos de cozinha do mundo, de conhecer as técnicas culinárias. Gosto muito de ler e também de fazer, e gosto de executar igual ao que está nos livros, porque inventar não faz tanto o meu género.

Cozinhar para mim tem um efeito anti-stress, é algo que me faz bem à alma, como eu costumo dizer!

Recentemente descobri uma outra forma de aprender novas receitas, o YouTube! Sou capaz de passar horas a ver desde receitas indianas, a tailandesas, a ver fazer o melhor risotto do mundo, a babar-me com o ossobuco à milanesa!

Uma das últimas receitas que me seduziu foi esta sopa cremosa de cogumelos. Acabei de fazer para o jantar e é realmente "delicious". Enjoy!

http://goo.gl/J8WHX

sábado, 9 de abril de 2011

Andrej Pejic

É uma das novas coqueluches do mundo da moda, desfilou para Jean Paul Gaultier, é a nova imagem de Marc Jacobs. Olhos verdes, longos cabelos loiros, cintura estreita e pernas incrivelmente longas, chama-se Andrej Pejic e não é uma mulher, mas sim um homem ...
De nacionalidade australiana/sérvia, Pejic nasceu em Tuzla, na Bósnia-Herzegovina, filho de um pai croata e de uma mãe sérvia. A sua família fugiu da guerra na década de 1990 e instalou-se na Austrália.

O jovem modelo andrógeno de 19 anos faz fotografias e desfiles tanto como homem ou como mulher.
Diz que só muda de sexo se conseguir um contrato com a Victoria's Secret. Mas se a androginia está na moda,  valerá a pena?


MUST HAVE of the day

São as "Louisa", são em camurça, são Jimmy Choo, são muito altas e são lindas estas sandálias! Must have!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

MUST KNOW: Blue Klein

IKB (International Klein Blue) é a designação da tonalidade de azul que Yves Klein obtinha com a mistura de uma determinada quantidade de pigmentos. A fórmula registada a 19 de Maio de 1960, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, com o número 63471, protege a composição química do azul IKB.

Yves Klein foi um artista francês (1928-1962), que "inventou" um tipo de azul, o Azul Klein.
Fez parte do movimento artístico Novo Realismo, movimento que nasceu como reacção ao Expressionismo americano por volta dos anos 60.
O Novo Realismo propõe um Manifesto: "Novas abordagens perceptivas do real".
Eis alguns trabalhos deste artista, onde existiu um grande denominador comum: o International Blue Klein, este bonito e intenso azul!

"Vénus azul"

Blue has no dimensions, it is beyond dimensions, whereas the other colours are not.. ..All colours arouse specific associative ideas, psychologically material or tangible, while blue suggests at most the sea and sky, and they, after all, are in actual, visible nature what is most abstract. Yves Klein -  Sorbonne, 1959


"Salto no vazio", fotografia com montagem, um dos primeiros
trabalhos do artista, ainda na fase a preto e branco

"Antropometria"-Pintura performance, em que os modelos passavam o corpo pela tinta azul, ao som de músicos que tocavam, e depois deixavam as impressões do seu corpo numa tela. Toda esta actuação era ao mesmo tempo fotografada, eis como resultava na tela:


Mais exemplos da obra de Yves Klein:


"Three pure blue pigmented sculptures"

"Blue sponge relief"

Numa abordagem muito pessoal, e fora da obra deste artista, escolhi algumas aplicações deste azul, se não igual muito semelhante, em áreas completamente diferentes e diversas!

Parede

Mala Chanel

Fachada de uma Boutique Chaumet em Hong Kong

As minhas pulseiras compradas na China...

Restaurante Os Tibetanos, em Lisboa

Em Porto-Covo, o azul típico das barras das casas, será que é azul Klein? Acho que foi no alentejo que ele se inspirou para a sua obra... 


quarta-feira, 6 de abril de 2011

I'M A REAL ARTIST

Keith Arnatt, 1972 (Arte Conceptual)

Estou a frequentar na Sociedade Nacional de Belas Artes um Curso de História da Arte que foca o período da Neovanguarda até à actualidade. Embora conhecesse algumas correntes artísticas da época abordada, parecia-me que esse espaço de tempo era um pouco uma amálgama, e cada artista tinha a sua atitude um pouco fruto do acaso, mas não! É espantoso como todos estão arrumados por estilos, correntes, como os movimentos artísticos se sucedem e se sobrepõem, como todos eles têm uma razão para existir, estou a achar fascinante! Estou a conhecer artistas que desconhecia até agora.
É leccionado por uma mulher bonita e simpática , Isabel Nogueira, que é alguém que percebe muito deste tema, e consegue dar um ritmo muito interessante às aulas, promovendo sempre o diálogo.

Tudo o que estou a aprender aplica-se a muita coisa na vida, e é também muito inspirador!
Além de que estou a tentar ser como o Keith Arnatt..."a real artist"!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

BASELWORLD

Baselworld, ou a Feira de Basileia, constitui uma visita anual para mim por estar ligada ao mundo dos relógios e das jóias. Já visito esta Feira desde 1980, e desde então até hoje só falhei dois anos. Já é muito tempo!
Naquela que é a maior Feira mundial do sector, tenho visto as transformações e toda a evolução das marcas, dos stands, da forma de expôr, dos produtos, e sempre gostei também de observar as pessoas, a mistura de raças.
A entrada principal leva-nos à zona dos relógios, que é a que tem os espaços de cada marca com mais dimensão e impacto visual, a par como o primeiro piso do edifício principal.
Mas há muito mais para ver nos vários pavilhões que de é composta a Feira, quase todos interligados entre si e onde as marcas e os expositores estão arrumados por temas ou por países. Mesmo para quem não seja do sector vale a pena visitar pelo menos uma vez na vida.
Claro que o fundamental da minha visita são os relógios e as jóias, mas além do trabalho também gosto de ver as "modas"! Acho que no que diz respeito a malas este ano a marca vencedora foi a Hermès. Vi de todas as cores!
Também gosto de ver as pessoas apressadas pelos corredores da Feira, e gosto de as ver  a conversar, a observar as vitrines ou a descansar calmamente. É um ambiente bonito, com pessoas bonitas, com coisas bonitas, sente-se que estamos num mundo diferente. E gosto de ir sempre captando momentos...

Há jóias para todos os gostos, desde as cravejadas de diamantes, como esta da Picchiotti...
às mais de design mais depurado, como estas da linha Niemeyer, da H.Stern...
e às com uma atitude mais moda, tendência...

Este ano aprendi um pouco mais sobre pérolas, estive a ver e a tocar em peças lindíssimas, da Mikimoto. Estes colares com "South sea pearls" e diamantes são deslumbrantes!
Eu própria...

Esta pérola rosa é a pérola que a ostra produz sem nenhuma intervenção do homem. Tem uma espécie de "raiado", é muito bonita! Curiosidade: dentro desta vitrine estava um copo de água, para hidratar a pérola!

Interessa-me também particularmente ver como são as decorações das vitrines, e como as jóias estão expostas. Estas vitrines a seguir são Stephen Webster, num estilo muito rock inglês. Gosto das jóias e gostei da exposição, divertida e irreverente!



Também gosto de fotografar as flores...
Quando está bom tempo as esplanadas fora da Feira e todos os locais onde é possível descansar enchem-se de pessoas, ouve-se falar todas as línguas! Funcionam como ponto de encontro, bebe-se uma cerveja ao fim do dia!

Mas é sempre possível ir dar uma pequena volta a pé ou apanhar o eléctrico e ir ver o Reno, e a ponte que liga as duas principais ruas de comécio.

Ou então fazer uma pequena visita à minha loja de artigos de desenho e pintura favorita, que fica mesmo ao lado da Feira, e onde eu me perco completamente...

Um dos meus restaurantes favoritos, o Kunsthalle, ou Café des Artistes, é programa obrigatório...
Onde eu tenho sempre que comer o Gateau Saint-Honoré!

Outro "must" na Suíça é a salsicha grelhada, deliciosa,  com salada de batata e mostarda a acompanhar. Irresistível! Adeus dieta!

De regresso ao Hotel em Bienne, cidade onde temos ficado nos últimos anos, uma viagem de comboio, fazendo o mesmo percurso que já tínhamos feito pela manhã. Os comboios são confortáveis e estão sempre a horas. É a melhor forma de viajar sem dúvida neste país.
 

Numa grande sala da Estação de comboios em Bienne, por baixo do relógio de parede, estava isto escrito. Gostei e guardei para a eternidade.